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Tecnologia e inovação: por que Portugal está crescendo tanto?

Atualizado: 28 de jul. de 2020

Você já percebeu como Portugal está popular? De fato, nos últimos anos, empresas têm buscado na terrinha por oportunidades de expansão e brasileiros por oportunidades e qualidade de vida. Mas porque isso está acontecendo e, em relação a tecnologia e inovação, porque Portugal está crescendo tanto?



Contexto de Portugal

Que Portugal é um pequeno país da península ibérica e que fica ao lado da Espanha todo mundo sabe. Muitos também sabem que o país passou por momentos ruins nas últimas décadas.

O que talvez você não saiba é que os níveis educacionais em Portugal são altíssimos – os portugueses são cultos, fluentes em inglês e outras línguas – e a qualidade de vida é boa. O país é o 5º mais seguro do mundo, o transporte e serviço público são eficientes e de qualidade.

Os salários em Portugal são menores, mas o custo de vida também, sem falar no clima – que é em relação a Europa como o do Vale do Silício é ao resto dos EUA.

Por curiosidade, o inglês é a segunda língua mais falada pelos portugueses e por quase todos! Isso porque, em tempos de vacas magras, o país não conseguia arcar com as traduções dos filmes Hollywoodianos, e os portugueses tiveram que se acostumar com a língua.


Tempos ruins para Portugal

Durante a última crise financeira mundial, Portugal foi um dos países que mais sofreram na Europa.

Depois de uma longa ditadura pós-guerra até a década de 70, e uma emergência econômica lenta nos anos 80 e 90, a recessão em 2008 foi pesada demais para o país, como também foi para a Itália, Grécia e Espanha.

Em 2011, quando o país sofria e teve que recorrer à União Europeia, Portugal se sujeitou a políticas severas que fizeram quase meio milhão de portugueses saírem do país, buscando no Brasil e na Angola (como países de língua portuguesa) ou no resto da Europa por um futuro melhor.

Apesar disso, o desemprego caiu de 17% para 12%, o mercado de trabalho ficou mais liberal, os salários de servidores públicos, pensões e serviços sociais caíram. Mas não são essas as razões do sucesso recente – e ela está mais próxima dos fatores que garantiram a Portugal o título de região mais empreendedora do ano em 2015 pelo comitê de regiões da união europeia.

Tecnologia e inovação: Portugal crescendo

Portugal passou a usar seu tamanho pequeno a seu favor em um movimento liderado pelos jovens portugueses. Percebeu que precisava apostar no empreendedorismo para criar o próprio futuro, miraram na tecnologia e deram um tiro certeiro.

E o DNA explorador luso vem bastante a tona nesse cenário. Como o país é pequeno, as startups e novos negócios se lançam no mercado com olhar internacional desde o início.

Lisboa tem ótimo acesso a talentos, moradia acessível e é uma cidade belíssima – essa combinação colocou Lisboa na mesma posição que Berlim, em meados dos anos 2000, quando artistas e imigrantes encheram a cidade de criatividade, novos comércios e indústrias, e passou a ser conhecida como ‘a Berlim do sul da Europa’.

Lisboa também tem uma ‘massa criativa’ forte. Indústrias criativas, historicamente, são um grande driver de crescimento econômico, como visto em Londres, por exemplo. O problema de Londres, hoje, está no custo de vida e moradia, que sobe cada vez mais em relação aos salários da cidade – isso faz os jovens britânicos buscarem em outros países, como nos EUA, opções melhores para levar a vida.

Do caso acima, Lisboa não sofre do mesmo problema. Enquanto Berlim, por exemplo, também atrai jovens de vários lugares da Europa, Lisboa foi classificada como 5a região de melhor comunidade de startups no mundo. Isso fez com que o maior evento de inovação e tecnologia da europa, o Web Summit, por exemplo, buscasse em terras portuguesas um lar para suas futuras edições.

Incentivos de Portugal

Os governos nacionais e municipais ativamente encorajam a nova onda portuguesa de internacionalismo, facilitando programas de residência, incentivando o retorno ao país e a instalação de estrangeiros. Com o Brexit, a atratividade de Portugal subiu muito, chegando a níveis de Dublin e Amsterdam.

E Lisboa tem se virado nos trinta para incentivar empreendedores a investirem na cidade. Esses incentivos incluem redução de impostos para startups e benefícios aos investidores. Alguns anos atrás, quando fora solicitado ao prefeito da cidade que facilitasse a vida das startups, a medida tomada foi doar espaços de prédios municipais em desuso para privilégio dos novos negócios – um aproveitamento infinitamente melhor!

Logo no primeiro Web Summit lisbonense, o Primeiro Ministro português António Costa havia lançado o fundo 200M, o fundo de venture capital de 200 milhões de euros, apoiado por 150 empresários locais, que investiria em startups que quisessem integrar o ecossistema de inovação de Portugal.

Acha que a comunidade de startups portuguesa ficou parada? Gerou mídia constante sobre o cenário de inovação e tecnologia português e até criou o seu próprio manifesto, apoiada pelo movimento público Startup Portugal.

Em 2018 realizamos uma Innovation Learning Trip para Portugal e participamos do Web Summit. Para saber mais sobre a missão, clique aqui

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